TRISTEZA,MEDO,ALEGRIA,RAIVA E NOJO! DIVERTIDA MENTE

No filme "Divertida Mente" (Oscar 2016), cinco emoções-personagens (tristeza, medo, raiva, alegria e nojo), se passam dentro da cabeça de uma menina. Alegria e tristeza dominam a mente da menina, e quando essas emoções desaparecem, as outras ficam sem saber exatamente o que fazer...e no final, a tristeza "salva" o que esta praticamente perdido...
É um excelente filme para  refletirmos de maneira leve e humorada sobre nossas emoções, nossas memórias... O filme destaca a importância de cada emoção para melhor lidar com as situações da vida.
Abaixo descrevo a análise de uma Neuropsicóloga sobre o filme:
As memórias são fixadas pelas emoções
“Todas as recordações que temos, sejam elas boas ou ruins, trazem consigo sentimentos”

      Não existe sentimento melhor ou pior
Apesar de preferirmos os momentos alegres de nossa vida, cada emoção tem a sua importância — e é necessário saber usá-las da melhor forma possível diante dos desafios. “Precisamos ter alegria no momento certo e dar passagem para a tristeza em determinadas ocasiões. O problema ocorre quando os sentimentos ultrapassam os limites”.

      A tristeza é necessária
A personagem Alegria tenta, a todo o momento, sufocar e ignorar a Tristeza. “A animação faz uma crítica ao mundo atual, em que precisamos estar felizes o tempo todo, a qualquer custo”. Há ocasiões em que um pouco de melancolia é essencial para encarar e lidar com as dificuldades que surgem em nossa vida. 

     O medo nos faz sobreviver — assim como o nojo
Esses dois sentimentos nos livram de grandes enrascadas. O medo impede que entremos na jaula do leão durante uma visita ao zoológico. O nojo, por sua vez, não deixa a gente comer um lanche apodrecido. “O segredo está em equilibrar as emoções e não permitir, por exemplo, que o temor nos impeça de sair de casa”.

     Muita alegria é ruim
O exagero na felicidade faz o indivíduo perder a noção das coisas: é como se tudo fosse mais florido do que a realidade. Em Divertida Mente, a personagem Alegria não cansa de ver as coisas com extremo otimismo — mesmo quando a situação exige um pouco de medo, tristeza, nojo ou raiva.

    A raiva impede injustiças
Calma, ninguém está falando que gritar e quebrar tudo são soluções para os problemas, mas especialistas na área de psicologia concordam que esse sentimento tem o potencial de indignar e corrigir eventuais injustiças. O segredo, mais uma vez, está no equilíbrio. “A raiva estimula o sujeito se defender. Mas se ultrapassa os limites, ela se torna destrutiva”.

    Há memórias que acabam apagadas — e esquecer pode ser algo bom
É natural que certas recordações sejam esquecidas com o passar dos anos. No filme, esferas que não são utilizadas vão parar num lixão e viram poeira com o tempo. Isso acontece com muitas informações que processamos ao longo de um dia e de toda a nossa vida — você provavelmente não se lembra muito bem do que comeu no último dia de janeiro. Esse dom do esquecimento também é útil para lidar com situações traumáticas e difíceis: o cérebro vai, aos poucos, apagando os detalhes do fato ruim como uma maneira de lidar com a situação.

A memória define (e influencia) a sua personalidade
 Outras recordações, porém, são muito importantes e determinam boa parte de nossa personalidade pelo resto da vida. Em Divertida Mente, elas são as memórias base, as esferas em que estão guardados os momentos especiais da vida de Rilley — a brincadeira com os pais, o jogo de hockey com as amigas… No nosso cérebro, as lembranças são processadas numa região chamada hipocampo, que converte memórias de curto em longo prazo. 
Nós temos um verdadeiro arquivo de memórias
Na animação, quando Alegria e Tristeza saem do escritório central das emoções, elas visitam a região onde as esferas estão estocadas em prateleiras. Na nossa massa cinzenta, as recordações estariam organizadas de uma forma parecida: elas ficam próximas uma da outra por associação. Exemplo: quando queremos lembrar o nome de uma flor específica, pensamos que ela é avermelhada, tem muitas pétalas e seu cabo é cheio de espinhos. Pronto, é a rosa. “Nossas memórias são armazenadas como um arquivo, por semelhança”.




Fonte: web-www.saude.abril.com.br


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