O QUE E' HER-2(+) E TERAPIA ALVO?

HER-2
"A sigla HER-2 significa receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano. O HER-2 é um gene que pode ser encontrado em todas as células do corpo humano, e este gene tem como função ajudar a célula nos processos de divisão celular. O gene HER-2 faz com que a célula produza uma proteína chamada proteína HER-2, que fica na superfície das células. De tempos em tempos, a proteína HER-2 envia sinais para o núcleo da célula, avisando para a mesma que chegou o momento da divisão celular.
Na mama, cada célula possui duas cópias do gene HER-2, que contribuem para o funcionamento normal destas células. Porém, em algumas pacientes com câncer de mama, ocorre o aparecimento de um grande número de genes HER-2 no interior das células da mama. Com o aumento do número de genes HER-2 no núcleo, ficará também aumentado o número de receptores HER-2 na superfície das células. Esta condição é conhecida como superexpressão do HER-2. Os pesquisadores constataram que a superexpressão de HER2 contribui para o crescimento descontrolado das células, que é a principal característica do câncer. As pacientes que possuem essa condição são chamadas de HER2-positivas. O câncer de mama HER-2 (+) cresce e dissemina-se mais rapidamente. Estima-se que cerca de uma em cada cinco pacientes com câncer de mama metastático é HER2-positiva (ou seja, 25% das pacientes) e pesquisas recentes sugerem que as pacientes HER2-positivas são as que, provavelmente, terão uma forma mais agressiva de câncer de mama. É por isso que a determinação da situação da paciente em termos de HER2 o quanto antes é um fator importante para a decisão das melhores opções de tratamento do câncer de mama metastático.Como posso saber se meu câncer de mama é HER-2 positivo? Para saber se o câncer de mama é HER-2 positivo, o médico solicita um exame no momento da biópsia denominado teste HER-2. O teste HER-2 será realizado em um laboratório de patologia por um médico patologista.Existe algum tratamento especial para as pacientes HER-2 positivo?Pacientes com câncer de mama avançado HER-2 positivo podem receber uma terapia especial com anticorpos monoclonais, a critério do médico oncologista. A terapia com anticorpos monologais para este tipo de câncer de mama comprovou aumentar a sobrevida destas pacientes. "
Fonte:Hegg,Roberto

TERAPIA ALVO (ANTICORPO MONOCLONAL)
Terapia alvo é um novo tipo de tratamento contra o câncer que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar especificamente às células cancerígenas e provocar pouco dano às células normais. Cada tipo de terapia alvo funciona de uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como uma célula cancerígena cresce, se divide, se auto repara, ou como interage com outras células.
O trastuzumab é um tipo de medicamento conhecido como anticorpo monoclonal, produzido a partir de uma proteína específica do sistema imunológico. Ele se liga a uma proteína de promoção do crescimento conhecida como HER2/neu (ou apenas HER2), que está presente, em grande escala, na superfície das células cancerígenas da mama em quase 20% das pacientes. Os cânceres de mama que têm esta proteína tendem a crescer e se disseminar de forma mais agressiva. Trastuzumab pode ajudar a retardar esse crescimento e estimular o sistema imunológico a atacar mais eficazmente a doença.
Os medicamentos alvo funcionam de forma diferente dos quimioterápicos convencionais, e muitas vezes têm efeitos colaterais menos importantes. Eles são mais frequentemente utilizados junto com a quimioterapia.
O trastuzumab é administrado por via intravenosa, geralmente uma vez por semana. É frequentemente usado como terapia adjuvante para o câncer HER2-positivo para reduzir o risco de recidiva da doença.
Também é usado para tratar HER2+ do câncer de mama avançado que recidivou após o tratamento quimioterápico ou que continua avançando durante a quimioterapia. O tratamento combinado de trastuzumab e quimioterapia geralmente funciona melhor do que a quimioterapia administrada isoladamente.
Em comparação com agentes quimioterápicos, os efeitos colaterais do trastuzumab são relativamente leves e raros, podendo incluir febre, calafrios, fraqueza, náuseas, vômitos, tosse, diarreia e cefaleia. Estes efeitos colaterais geralmente são de curto prazo e ocorrem com menos frequência após a primeira dose.
Um efeito colateral mais grave é a lesão cardíaca, que pode levar à insuficiência cardíaca congestiva. Para a maioria das mulheres, este efeito tem sido temporário e melhora quando o uso do medicamento é interrompido. O risco de problemas cardíacos é maior quando o trastuzumab é administrado com determinadas drogas quimioterápicas, como as do tipo das antraciclinas (doxorrubicina e epirubicina). Por esta razão a função cardíaca é controlada regularmente durante o tratamento com trastuzumab. Os principais sintomas de insuficiência cardíaca congestiva são: falta de ar, inchaço nas pernas e fadiga severa. As mulheres com esses sintomas devem imediatamente entrar em contato com seu médico.
Trastuzumab também pode causar danos e até morte do feto se for administrado em mulheres grávidas. Mulheres que podem engravidar devem usar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento e comunicar a intenção de engravidar ou a gravidez imediatamente a seu médico.
Fonte: I.ONCOGUIA
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