TIPOS DE DOR E SEUS TRATAMENTOS

Existem muitas maneiras de se classificar a dor. Descreverei abaixo algumas mais utilizadas na prática médica.
Segundo a Sociedade Brasileira de Estudo da Dor - SBED
A dor pode ser considerada como um sintoma ou manifestação de uma doença ou afecção orgânica. Considerando a duração da sua manifestação, ela pode ser de três tipos:
DOR AGUDA - É aquela que se manifesta transitoriamente durante um período relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas. Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e quando o tratamento recomendado pelo especialista é seguido corretamente pelo paciente.
A dor constitui-se em importante sintoma que primariamente alerta o indivíduo para a necessidade de assistência médica. Veja aqui alguns exemplos: - a dor pós-operatória (que ocorre após uma cirurgia); - a dor que ocorre após um traumatismo; - a dor durante o trabalho de parto; - a dor de dente; - as cólicas em geral, como nas situações normais (fisiológicas) do organismo que podem provocar dores agudas, como o processo da ovulação e da menstruação na mulher.
DOR CRÔNICA - Tem duração prolongada, que pode se estender de vários meses a vários anos e que está quase sempre associada a um processo de doença crônica. A dor crônica pode também pode ser conseqüência de uma lesão já previamente tratada. Exemplos: Dor ocasionada pela artrite reumatóide (inflamação das articulações), dor do paciente com câncer, dor relacionada a esforços repetitivos durante o trabalho, dor nas costas e outras.
DOR RECORRENTE - Apresenta períodos de curta duração que, no entanto, se repetem com freqüência, podendo ocorrer durante toda a vida do indivíduo, mesmo sem estar associada a um processo específico. Um exemplo clássico deste tipo de dor é a enxaqueca.





TIPOS DE DOR:

DOR NEUROPÁTICA


A dor neuropática é causada por lesão ou distúrbio nos nervos, medula espinal ou encéfalo.
A dor neuropática parece uma sensação de formigamento, queimadura ou uma hipersensibilidade ao toque ou ao frio. As causas incluem a compressão de um nervo (por exemplo, por um tumor, um disco intervertebral rompido ou como ocorre na síndrome do túnel do carpo), lesão nervosa (por exemplo, como ocorre em um distúrbio metabólico como a diabetes mellitus) e o processamento anormal ou interrompido de sinais da dor pela medula espinal e pelo encéfalo. O processamento da dor é anormal no caso de dor do membro fantasma, neuralgia pós-herpética e síndrome de dor regional complexa. 




DOR NOCICEPTIVA


A dor nociceptiva é causada por uma lesão nos tecidos do corpo.
A lesão pode ser uma ferida, contusão, fratura óssea, esmagamento, queimadura ou qualquer outro fator que lesione os tecidos. Esse tipo de dor é, em geral, intensa, aguda ou latejante. A maioria das dores é do tipo nociceptivo. Os receptores da dor quando ocorrem lesões no tecido (nociceptores) estão localizados na pele ou nos órgãos internos.
A dor que surge depois de uma intervenção cirúrgica, experimentada por quase todas as pessoas, é de tipo nociceptivo. Trata-se de uma dor constante ou intermitente, que piora quando o paciente se movimenta, tosse, ri ou respira profundamente, ou até durante a troca de curativos cirúrgicos.
Grande parte da dor do câncer é de tipo nociceptivo. Quando um tumor invade ossos e órgãos, pode causar um ligeiro mal-estar ou uma dor intensa e constante. Alguns tratamentos para o câncer, como a cirurgia e a radioterapia, também podem provocar dor nociceptiva.




DOR PSICOGÊNICA


A dor psicogênica é aquela geralmente relacionada a fatores psicológicos.
Quando as pessoas têm uma dor persistente, com evidência de perturbações psicológicas, sem que se encontre uma lesão física que possa ser a causa dela, pode-se descrever a dor como sendo psicogênica. Contudo, dor psicofisiológica é um termo mais exato, já que a dor resulta da interação de fatores físicos e psicológicos. A dor psicogênica é muito menos comum do que dor neuropática ou nociceptiva.
Qualquer tipo de dor pode ser complicada por fatores psicológicos. Fatores psicológicos contribuem para a dor crônica. O fator psicológico amplia a dimensão da DOR. 
O fato de a dor ser causada ou agravada por fatores psicológicos não significa que não seja real. A maioria das pessoas que acusa uma dor sente-a de fato, mesmo que não se identifique uma causa física. Os médicos sempre investigam se o distúrbio físico está contribuindo para dor.
A dor agravada por fatores psicológicos requer tratamento, muitas vezes por uma equipe que inclua um psicólogo ou um psiquiatra. O tratamento para esse tipo de dor varia conforme a pessoa e, por esse motivo, o médico deve adequá-lo às necessidades individuais. 



TRATAMENTOS ALTERNATIVOS PARA A DOR:


Abaixo seguem alguns tratamentos alternativos para a dor de baixa intensidade:
Biofeedback - (Post anterior); Relaxamento; Técnicas de Meditação; Visualização; Hipnose; Acupuntura; Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS); Fisioterapia; Alimentos Anti-inflamatórios; Massagem; Aromaterapia; Cromoterapia; Calor e Frio. Essas técnicas ajudam no alívio da dor de baixa intensidade, mas podem estar associadas no tratamento da dor crônica ou aguda, com o uso de analgésicos. Todos os tratamentos acima descritos devem ser feitos e acompanhados por um profissional competente.

TRATAMENTOS ALOPÁTICOS
Existem Médicos especialistas em Dor. Quando todos os métodos já foram usados e a dor persiste, é recomendado a ajuda de um Médico Especialista em Dor.   O uso indiscriminado de analgésicos, principalmente opiáceos, leva à dependência, se não for devidamente acompanhado por um especialista em Dor. Abaixo descrevo a classificação dos medicamentos alopáticos usados tradicionalmente para a Dor.

Analgésico

Esses medicamentos são eficazes contra a dor nociceptiva (quando os canais de transmissão estão intactos). As neuropáticas dificilmente melhoram com esta medicação. Existem vários tipos de analgésicos, usados para os vários tipos de dor. O uso correto deve ser recomendado por um médico. 

Anti-inflamatórios

Combatem a dor causada por algum tipo de inflamação. Podem ser AINH-Anti-inflamatório não Hormonal ou AIH-Anti-inflamatório Hormonal-ou seja, os Corticóides, os quais devem ser utilizados com extremo cuidado devido aos efeitos colaterais de longo prazo. Devem ser usados com rigoroso acompanhamento médico.

Antidepressivos

Quando se fala em incluir remédios utilizados nos processos depressivos no tratamento da dor, a primeira idéia que vem à cabeça é que esses medicamentos serão úteis para atenuar a depressão causada pela convivência com a dor crônica. De fato, eles atuam sim para amenizar o desconforto emocional de alguém que dorme e se levanta com mal-estar às vezes tolerável, outras vezes absolutamente insuportável. Estima-se que 10% dos pacientes com dor crônica sintam depressão. Mas esta é apenas uma das razões de sua indicação. Na verdade, esses remédios apresentam uma forte atuação analgésica no sistema nervoso. Eles estimulam a liberação de uma substância existente no cérebro chamada serotonina, envolvida no processamento das emoções e que também funciona como uma espécie de freio da dor.

Ansiolíticos

Podem ser usados isoladamente ou associados aos antidepressivos. Ajudam o paciente a controlar a ansiedade que muitas vezes desencadeia ou agrava a dor crônica. Estes remédios podem inclusive melhorar a qualidade do sono e promover relaxamento muscular.

Relaxantes musculares

Este grupo de substâncias atua em vários mecanismos de relaxamento dos músculos, aliviando dores de múltiplas origens. Em alguns casos, os benefícios são de curta duração.

Anticonvulsivantes

Sabe-se que eles atuam particularmente nas dores crônicas acompanhadas de mioclonias (contraturas musculares espontâneas) com mecanismo de ação desconhecido.

Bloqueio de nervos periféricos

Usa-se este tipo de tratamento quando as outras estratégias, medicamentosas e não-medicamentosas, não foram suficientes para eliminar ou aliviar a dor crônica. Consiste na aplicação de substâncias bloqueadoras da atividade nervosa, para interromper a transmissão dos estímulos dolorosos enviados ao cérebro. Além de aliviar a dor, o bloqueio pode auxiliar na detecção do local em que se originou a da dor. Caso a dor desapareça indica que o problema está na região tratada. Existem várias técnicas utilizadas para se fazer o bloqueio nervoso. A injeção de substâncias no local afetado ou a colocação de um cateter ou bombas específicas para infusão controlada de drogas são as mais utilizadas. Em alguns casos extremos, realiza-se bloqueio permanente com a aplicação de substâncias que podem inclusive causar prejuízos graves à estrutura dos nervos.
Fontes: http://tratamentodorcronica.com.br/tratamento/
               http://www.sbed.org.br/home.php

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