NEUROPLASTICIDADE
Por mais de quatro séculos foi comum pensar que nossos cérebros se desenvolviam somente durante a infância e depois se tornava inflexível ao longo da vida adulta, dando uma falsa sustentação ao velho ditado "não se pode ensinar truques novos a um cachorro velho". Pesquisadores continuam a provar que essa teoria defasada não está correta e fornecem provas de que o cérebro humano pode se alterar através de estímulo mental, ginástica cerebral e novos aprendizados.
Neuroplasticidade, ou plasticidade cerebral, é a capacidade de remapeamento das conexões das nossas células nervosas. Processo que nos ajuda a aprender continuamente.
Estima-se que as características neuroplásticas do cérebro humano influenciam mais de 100 bilhões de células nervosas ao longo da vida. Quando nós usamos nosso cérebro de novas formas, criamos novos caminhos para comunicação neural. Mesmo quando adultos, o que aprendemos e ao que nos adaptamos ao longo da vida, reorganiza nossos neurônios existentes. Portanto, a neuroplasticidade é o que nos permite aprender, memorizar e adaptar através da experiência com o mundo a nossa volta.
"O aprendizado de algo novo, que estimula o raciocínio é altamente recomendado para que novas conexões neurais se estabeleçam. Neurologistas incentivam idosos a estar sempre aprendendo algo novo,ou estimulando o raciocínio, para que tenham menos chances de desenvolver alguma doença cerebral degenerativa."
Quando fazemos algo novo, pela primeira vez, nosso cérebro começa a criar caminhos neurais para essa atividade e, depois de alguns dias repetindo a mesma coisa, esse caminho fica mais forte, funcionando automaticamente e transformando nossas atividades em hábitos inconscientes, como aprender uma língua, aprender a dirigir um veículo ou qualquer nova atividade que desenvolvemos pela primeira vez. Da mesma forma, quando deixamos de fazer algo habitual ou mudamos o hábito, tiramos a força desses caminhos neurais, até que eles desapareçam e nos livremos dos maus hábitos.
Na famosa pesquisa da Dra. Joenna Driemeyer sobre os efeitos cognitivos no aprendizado de malabarismo, ela e a equipe de pesquisadores concluíram que "a mudança qualitativa (como por exemplo, o aprendizado de uma nova tarefa) é mais crítica para o cérebro mudar a estrutura, do que o treinamento contínuo de uma tarefa já aprendida". Ainda, descobertas recentes em neuroplasticidade estão abrindo caminho para tratamentos de lesões e doenças neurológicas, algo que até recentemente era inexplorado por causa da falta de evidência sobre a neuroplasticidade.
Como o cérebro custa caro em termos de energia e nutrientes, faz sentido que seus recursos sejam desviados para aquelas funções que são usadas de maneira bem-sucedida. Como resultado, quanto menos se usa uma função cerebral, pior ela fica, ao mesmo tempo que quanto mais se usa o cérebro em um tipo de atividade, melhor ele é capaz de realizá-la. Por isso a atividade mental rica e variada, com a prática das mais variadas funções cognitivas, é importante para manter todos os circuitos ativos e saudáveis, prontos para o uso.
Lembre-se que exercitar o cérebro é tão importante quanto exercitar o corpo.
Fonte: Marchesan, Ricardo.
Di Biase,Francisco.
Di Biase,Francisco.
Assisti a um vídeo de uma Neurocientista de Harvard, que está estudando o cérebro de pessoas que meditam há longo tempo e dos que estão iniciando essa atividade, e os resultados são surpreendentes. Vale a pena assistir..
Abaixo segue o link desse vídeo.
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