OUTUBRO ROSA-DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA
DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA
O AUTOEXAME DA MAMA OU O EXAME CLÍNICO REALIZADO PELO SEU MÉDICO SÃO IMPORTANTES, MAS SOZINHOS, SÓ CONSEGUEM DIAGNOSTICAR CERCA DE 10% DOS CÂNCERES DE MAMA. POR ISSO, INDICA-SE A REALIZAÇÃO DE EXAMES PREVENTIVOS PERIÓDICOS, MESMO QUANDO O EXAME CLÍNICO É COMPLETAMENTE NORMAL.
A) Mamografia - A mamografia é um exame usado há mais de 40 anos para a prevenção e diagnóstico do câncer de mama. É um procedimento simples, basicamente uma radiografia das mamas.
Para o rastreio do câncer de mama, indica-se a realização de uma mamografia anualmente em todas as mulheres entre os 40 e 70 anos. Em mulheres com história familiar positiva, principalmente em familiar de 1º grau, a mamografia de rastreio deve ser iniciada a partir dos 30 anos.
Sempre que possível, procure agendar sua mamografia para depois do fim da sua menstruação, uma vez que o exame pode causar algum desconforto quando realizado no período pré-menstrual ou nos seus primeiros dias.
A mamografia digital é ligeiramente superior a mamografia convencional em mulheres com menos de 50 anos. Naquelas com mais de 50 anos, não há diferenças relevantes na taxa de detecção de lesões malignas.
Apesar de ser um excelente exame, a mamografia não é 100% sensível e pode deixar passar cerca de 15% dos tumores. Quando o câncer já provoca alguma alteração ao exame clínico, como por exemplo, um nódulo papável, a mamografia consegue identificá-lo em mais de 95% dos casos.
B) Ultrassonografia
Conforme a mulher vai envelhecendo, o tecido das suas mamas, rico em glândulas mamárias, vai sendo substituído por gordura. Uma mulher jovem apresenta uma mama muito mais densa que uma mulher idosa. Mamas densas não são bem avaliadas pela mamografia. Por este motivo, todas as mulheres abaixo dos 35 anos que detectem alguma massa suspeita palpável devem realizar a mamografia mais um exame de ultrassom das mamas.
C) Ressonância magnética nuclear (RMN)
A RMN é um exame reservado às mulheres com elevado risco de câncer de mama, entre elas passado de câncer mamário, presença da mutação genética do BRCA1 e BRCA2 ou exposição a radiação durante a juventude.
D) Biopsia da mama
Uma vez identificada pelos exames de imagem, a lesão suspeita deve ter uma confirmação histológica,( avaliação do tecido por microscopia). Para se conseguir uma amostra, é feita uma biópsia da mama.
Existem várias modalidades de biópsia que vão desde a introdução de uma fina agulha para aspiração do conteúdo do nódulo, até uma pequena cirurgia com a realização de uma incisão na mama, sob anestesia local, para se chegar até a lesão suspeita, retirando-se um pedaço da mesma.
A biópsia é considerado o exame padrão ouro para o diagnóstico do câncer de mama.
TESTE GENÉTICO PARA O CÂNCER DE MAMA
Existe uma clara influencia genética para o desenvolvimento do câncer de mama. Até 1/3 das mulheres com a doença apresentam história familiar positiva.
BRCA1 e BRCA2 são genes que todos nós temos, cuja função é impedir o surgimento de tumores através da reparação de moléculas de DNA danificadas. O BRCA1 e o BRCA2 são, portanto, genes que nos protegem do aparecimento de cânceres. Quando um desses genes sofre uma mutação, ele perde sua capacidade protetora, tornando-nos mais susceptíveis ao aparecimento de tumores malignos, nomeadamente câncer de mama, câncer de ovário e câncer de próstata.
Cabe aqui salientar que esta mutação não é muito comum, acometendo apenas cerca de 0,1% da população.
A existência de dois familiares com câncer de mama não é sinônimo de haver uma mutação genética herdada. A maioria das pessoas ou famílias com câncer de mama não têm mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2. Para se pensar na mutação e, consequentemente, na pesquisa dos genes defeituosos, algumas características devem estar presentes:
– Diagnóstico de câncer de mama ou ovário em 3 ou mais membros da família.
– Diagnóstico do câncer de mama antes do 50 anos de idade em pelo menos um membro da família.
– Pessoas com 2 episódios distintos de câncer de mama (não estamos falando em recidiva do primeiro tumor, mas sim em cura e surgimento posterior de um novo câncer).
– Familiares próximos com câncer de mama e câncer de ovário.
– Câncer de mama em homens.
– Câncer de mama nas duas mamas.
– Paciente com câncer de mama e vários familiares com outros tipos de câncer, como pâncreas, próstata ou cólon.
20% das mulheres portadoras de mutações no BRC1 desenvolvem câncer de mama antes dos 40 anos, e 50% antes dos 50. Mulheres com BRCA1 têm 65% de risco de desenvolverem tumores de mama durante a vida. No BRCA2 o risco é de 50%.
Já existem testes genéticos para identificação destes genes defeituosos, porem são muito caros. Algumas das indicações para tipagem genética são:
– Pacientes com câncer de mama antes dos 30
– Mais de um parente de 1º ou 2º grau com câncer de mama
– Câncer de mama associado a câncer de ovário
– História pessoal ou familiar de câncer de mama bilateral
– Câncer de mama em parente do sexo masculino.
Fonte: MDSAUDE
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